Quem é Rita Schumann

Sou professora das Línguas Portuguesa e Inglesa na rede municipal e trabalho na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional - setor de Educação.Casada e mãe de um filho maravilhoso de 1 ano e 2 meses, que suga minhas energias e isso faz muito bem. A energia que ele suga parece que se multiplica, quanto mais ele suga mais eu me energizo. Acredito que deve ser o amor.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Resumo da TP1 e Pauta do Encontro 8 - LINGUAGEM E CULTURA

Caçador, 15 de setembro de 2009.
Local: Sala de TV Escola e Salto para o Futuro
Formadoras: Liliane da Silva
Nelci Pereira Metz
Rita Schumann


LINGUAGEM E CULTURA – TP 1

Encontro – 8 horas:

Apresentação da mensagem – “Colheres de Cabo Compridos”

Leitura do relatório do Caderno Volante – Professor Ulgo Gonçalves do Amaral

Distribuir as questões relacionadas a cada seção

Apresentação das Unidades pelas equipes:

Unidade 1: Variantes linguísticas: dialetos e registros – 13
OBJETIVOS:
1. RELACIONAR LÍNGUA E CULTURA
2. IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS DIALETOS DO PORTUGUÊS
3. IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS REGISTROS DO PORTUGUÊS


Seção 1: As Inter-relações entre Língua e Cultura – 14 ( Silvana – Luciane – Clarice – Rita)
Objetivo da seção: Relacionar língua e cultura

Página 14 – Texto “ Retrato de Velho” – Carlos Drummond de Andrade
O Texto é uma crônica: composição curta, voltada para os acontecimentos do cotidiano, que pode contar uma história, tecer comentários sociais ou políticos, ou ainda apresentar um conteúdo lírico, poético, apresentando a emoção do autor diante de certo acontecimento;
Essa crônica é uma narrativa: conta uma história por meio de um narrador, sobre espaço e num tempo;
O narrador pode ser personagem ou apenas observador dos fatos;
Como narrador-personagem: ele conta a história em primeira pessoa (eu/nós);
Como narrador-observador: a narrativa é feita na 3ª pessoa (ele, ela, eles, elas);
Há conflito cultural entre gerações: os valores deste homem são diferentes dos seus filhos, noras e genro, netos e bisnetos.
CULTURA: conjunto de ações, pensamentos e valores de uma pessoa ou de uma comunidade;
LÍNGUA: a melhor expressão da cultura e um forte elemento de sua transformação.

Pergunta ao grupo:
1. Resumindo, qual é a diferença entre cultura e língua? Uma tem relação com a outra? Que relação?

Questões referentes ao texto de referência:
As distinções propostas entre os registros lhe parecem claras, necessárias e adequadas?
Ø Mesmo que a classificação pareça desnecessária, os vários exemplos ilustram formas de registros.

Você vê alguma vantagem em usar termos diferentes para classificar os registros na linguagem oral e na linguagem escrita? Os termos são capazes de destinguir claramente um registro do outro. Justifique.
Ø A classificação não parece nem clara e nem suficiente, sobretudo porque os termos usados (coloquial, informal e semiformal, por exemplo) já aparecem nos estudos sobre registros

Seção 2: Os dialetos do Português – 19 (Lucimar – Mônica – Sílvia)
Objetivo da seção: Identificar os principais dialetos do português

Língua é um sistema aberto e em construção (há incontáveis possibilidades de uso);
Língua tem regularidades que devem ser seguidas para ser compreendido (regularidades como: o artigo usado no lugar certo, preposição fora do lugar, a concordância de número (alguma marca de plural);
As variações são de duas ordens chamadas dialetos e registros;
Dialetos: traços linguísticos normais, comuns a seus integrantes (grupos) - (dialetos: regional ou geográfico, etário, de gênero, profissional ou de função, sociocultural – diferenças sociais, escolaridade e econômica)
Idioleto: a partir do resultado de todos os dialetos, criar a sua marca de forma particular;
REGISTRO: uso que fazemos da língua em momentos com barreiras (FORMAL) ou sem barreiras (INFORMAL).

Perguntas ao grupo:
1. Quais os principais dialetos do Português?


2. O que o grupo entende por idioleto?
3. Como, em sala de aula, criar oportunidades para que os alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que dialetos e registros se apresentem para a sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos igualmente diversificados?

Questões referentes ao texto de referência:
Como o texto literário (oral e escrito) só é referido no registro mais formal, você poderia concluir que a literatura se realiza somente nesse registro. Pelos textos que você estudou, esta seria uma conclusão correta?
Ø Não parece correta. O texto literário pode utilizar-se dos mais diferentes registros.

Releia o que o autor escreve sobre os níveis formal e semiformal. Você vê clara diferença entre eles? Justifique.
Ø Os dois registros não apresentam diferenças significativas: relatórios, projetos, reportagens,...


Seção 3: Os registros do Português – 28 ( Maristela B – Everlaine – Keller – Rosemari )
Objetivo da seção: Identificar os principais registros do português

REGISTRO: uso que fazemos da língua em momentos de interação;
A cada interação, escolhemos um registro;
Em momentos de interação com barreiras – distanciamento entre os interlocutores – FORMAL;
Em momentos de interação sem barreiras – espontâneo e descontraído (INFORMAL);
O que interessa é ver se o uso está adequado à situação de comunicação. Como cada interação é única, só podemos avaliar a adequação do registro na situação específica em que ocorreu – CADA TEXTO É UM TEXTO;
Os dois registros podem ocorrer na modalidade oral e escrita da língua.

Perguntas ao grupo:
1. Quais os principais registros do Português?
2. Como, em sala de aula, criar oportunidades para que os alunos trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que dialetos e registros se apresentem para a sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos igualmente diversificados?

Questões referentes ao texto de referência:

Observe a descrição do nível coloquial. Há relação clara com o semiformal?
Ø Os dois registros apresentam posições muito diferentes entre interlocutores: o coloquial é descrito como um registro que vê o conhecimento do outro como importante e isso não ocorre com cartas comerciais, cartas de apresentação...

Há claras diferenças entre o informal e o pessoal?
Ø A diferença entre os dois é praticamente inexistente – comunicação entre íntimos.


Ampliando nossas referências – 44 - Unidades 1 e 2

I. AMPLIANDO NOSSAS REFERÊNCIAS: TEXTO DE REFERÊNCIA
Para Halliday, McIntosh e Strevens (1974), as variações de registro são classificadas como de três tipos diferentes: grau de formalismo, modo e sintonia.
Grau de Formalismo: escala de formalidade, maior cuidado e apuro no sentido normativo e estético, no uso dos recursos da língua, maior variedade de recursos utilizados, aproximando-se mais da língua padrão e culta em seus usos mais sofisticados.
Variação de modo: entende-se a língua falada em contraposição a língua escrita.
Bowen (1972) – considera cinco graus de formalismo distintos (tanto na língua oral quanto na escrita):
1 - Oratório: elaborado, intrincado, enfeitado, inteiramente composto de períodos equilibrados e construções paralelas e é sempre reconhecido como apropriado para uma situação muito formal. Exemplos de nossa literatura: os sermões de Padre Antônio Vieira e as orações de Rui Barbosa.

1ª - Hiperformal: o equivalente escrito do oratório. Uma composição escrita para efeitos grandiosos ou sublimes.

2 - Deliberativo: usado quando se fala a grupos grandes ou médios, em que se excluem as respostas informais. É preparado previamente e mantém de propósito uma distância entre falantes e ouvintes. Conferências científicas normalmente são realizadas com esse nível de formalidade.
2ª - Formal: características semelhantes ao do deliberativo, numa forma de linguagem cuidada na variedade culta e padrão, mas dentro do estilo escrito. Correspondências oficiais.

3 - Coloquial: comumente aparece no diálogo entre duas pessoas. Sem planejamento prévio.
3ª - Semiformal: corresponde na escrita ao coloquial, mas tem um pouco mais de formalidade que este. Cartas comerciais e de recomendação, declarações, reportagens escritas, relatórios e projetos.

4 - Casual (coloquial distenso): nesse nível percebe-se uma completa integração entre falante e ouvinte, com o uso freqüente de gíria. Conversações descontraídas entre amigos, colegas de trabalho.
4ª - Informal: É o caso de correspondências entre membros de família ou amigos íntimos (formas abreviadas, ortografia simplificada, construções simples, sentenças abreviadas).

5 – Íntimo (familiar): inteiramente particular, pessoal, usado na vida privada. Intimidade da afeição. Linguagem afetiva com função emotiva.
5ª – Pessoal: quase sempre notas para uso próprio. Lista de compras, recados e bilhetes.

2 O registro coloquial pode ser considerado o centro do sistema lingüístico e, portanto, sua utilização é de grande importância nas atividades de ensino-aprendizagem da língua materna.
3 Os extremos superiores da formalidade são o oratório e o hiperformal. 4 Logo abaixo, temos o deliberativo e o formal.
5 Os extremos inferiores da formalidade são o familiar e o pessoal.
6 Um pouco acima dos inferiores ficam o casual (coloquial distenso) e o informal.
7 Dificilmente os usuários da língua desenvolvem uma competência ativa (capacidade de falar e escrever) nos níveis oratório e hiperformal e embora desenvolvam uma competência passiva (são capazes de entender o que ouvem e leem e de admirar a formulação dada pelo falante/escritor).
8 O aluno já adquire fora de sala os níveis mais baixo de formalidade;
9 À escola cabe discutir os recursos empregados nesses níveis e de como funcionam e que efeitos de sentido podem desencadear na interação comunicativa.
10 Sintonia: ajustamento na estruturação de seus textos que o falante faz, com base em informações específicas que tem o ouvinte.
11 As dimensões de sintonia são status, tecnicidade, cortesia e norma.
12 Status: As dimensões de status poderiam ser descritas em termos das variantes de grau do formalismo. O status da pessoa a quem se dirige o falante pode trazer grandes diferenças no uso das formas e recursos da língua.
13 Tecnicidade: é a variação que ocorre em função do volume de informações ou conhecimentos que o falante supõe ter o ouvinte sobre o assunto. O professor fala com os alunos de diferente da forma que fala com seus pares,
14 Cortesia: é a variação que acontece devido à dignidade que o falante considera apropriada ao seu ouvinte ou à ocasião.
15 Norma: Falar a mesma coisa de formas diferentes, usando registro formal ou informal, conforme os dialetos.

Questões referentes ao texto de referência:
1. As distinções propostas entre os registros lhe parecem claras, necessárias e adequadas?
Ø Mesmo que a classificação pareça desnecessária, os vários exemplos ilustram formas de registros.

2. Você vê alguma vantagem em usar termos diferentes para classificar os registros na linguagem oral e na linguagem escrita? Os termos são capazes de destinguir claramente um registro do outro. Justifique.
Ø A classificação não parece nem clara e nem suficiente, sobretudo porque os termos usados (coloquial, informal e semiformal, por exemplo) já aparecem nos estudos sobre registros.

3. Como o texto literário (oral e escrito) só é referido no registro mais formal, você poderia concluir que a literatura se realiza somente nesse registro. Pelos textos que você estudou, esta seria uma conclusão correta?
Ø Não parece correta. O texto literário pode utilizar-se dos mais diferentes registros.

4. Releia o que o autor escreve sobre os níveis formal e semiformal. Você vê clara diferença entre eles? Justifique.
Ø Os dois registros não apresentam diferenças significativas: relatórios, projetos, reportagens,...

5. Observe a descrição do nível coloquial. Há relação clara com o semiformal?
Ø Os dois registros apresentam posições muito diferentes entre interlocutores: o coloquial é descrito como um registro que vê o conhecimento do outro como importante e isso não ocorre com cartas comerciais, cartas de apresentação...

6. Há claras diferenças entre o informal e o pessoal?
Ø A diferença entre os dois é praticamente inexistente – comunicação entre íntimos.

7. O íntimo é apresentado como o nível que expressa afeição e emoção. Você acha que esses elementos não podem aparecer na linguagem escrita?
Ø É evidentemente que a emoção pode aparecer em textos escritos.

8. A dimensão sintonia lhe parece suficientemente clara e necessária?
Ø O nível classificado de sintonia tem uma divisão em quatro tipos (status, tecnicidade, cortesia e norma), muito parecidos entre si e com outros registros. Todos levam em conta basicamente o interlocutor, e fica difícil separar, por exemplo, o status da cortesia e da norma.

9. O próprio autor Travaglia parece desconsiderar a classificação apresentada.

a) Em que trecho você percebe isso?
Ø Quando opta pela divisão dos registros em formal e informal, ele deixa claro que é difícil a separação.

b) Uma forma verbal e certos verbos e expressões usados por Travaglia sugerem a relatividade e a imprecisão da classificação. Quais são eles?
Ø Essa dificuldade de claras distinções vai fazer o autor usar com freqüência o futuro do pretérito (Seriam exemplos desse nível...), o verbo “poder” e expressões com frequentemente, quase sempre, etc., que relativizam a afirmação.

10. Faça uma conclusão pessoal sobre o estudo do texto, enfatizando o que você reconhece nele de importante para a sua prática em sala de aula.
Ø A conclusão é muito pessoal;
Ø Não deve passar despercebida a importância do assunto e a necessidade de ser trabalhado na escola, a partir de textos que indiquem o contexto do enunciado;
Ø Observar atentamente e com sensibilidade cada texto, e descobrir suas opções de construção.


Ilustrando a Unidade: Slides Diversas formas de dizer alguma coisa.

Avançando na Prática: Explicando a Influenza H1N1, conforme os dialetos: etário (adolescente/idoso) – regional ou geográfico (gaúcho/baiano) – gênero (masculino e feminino) – social (popular e culto) – profissional (médico/professor) – idioleto (explicar o que o grupo entende).
Objetivo do avançando na prática: Criar oportunidades para que se trabalhem textos que exemplifiquem diversas situações de comunicação, em que dialetos e registros diferentes se apresentem para sua reflexão e discussão e como ponto de partida para a produção de textos igualmente diversificados.


Unidade 2: Variantes lingüísticas: desfazendo equívocos – 57
OBJETIVOS:
1. CARACTERIZAR A NORMA CULTA
2. CARACTERIZAR A LINGUAGEM LITERÁRIA
3. CARACTERIZAR A LÍNGUA ORAL E A LÍNGUA ESCRITA


Iniciando a conversa:
Continuidade do estudo relacionado à variação lingüística;
Aprofundamento sobre a norma culta, a linguagem literária e as modalidades da língua: oral e escrita;
Mostrar as características, limites e importância da norma culta;
A grande característica da linguagem do texto literário – a total liberdade de construção;
Apresentar as marcas principais das duas modalidades em que se realizam todos os textos verbais: a língua oral e a língua escrita.

Seção 1: A norma culta – 58 (Jaqueline – Elizabete – Viviane –Vera – Neide- Roselene)
Objetivo da seção: Caracterizar a norma culta.

Os dialetos socioculturais são basicamente dois: o popular e o culto;
O que distingue os dialetos são as condições sociais, econômicas e culturais dos grupos;
O nível de escolarização é decisivo para definir o dialeto;
Norma culta é em outras palavras o dialeto culto;
Nos textos da TP foram usados registro formal e a norma culta; por ser o dialeto sociocultural das autoras e dos leitores;
Norma culta é uma grande fonte de equívoco, quando a questão é seu ensino na escola;

DUAS POSIÇÕES PROBLEMÁTICAS, no trabalho na escola com a língua culta:
1. Professores que consideram que o domínio da norma culta é o principal objetivo do ensino da língua na escola, sem ter a idéia clara e importante de que:
Ø A aquisição da língua e, sobretudo de outros dialetos é um processo lento;
Ø Só aprendemos o que é significativo e a partir do que sabemos;
Ø A importância da língua padrão como apenas uma das possibilidades da língua;
Ø Trabalha-se a gramática dentro de um contexto para que ela seja aprendida;
Ø Devemos trabalhar não só a modalidade escrita da língua e os textos literários;
Ø É necessário valorizarmos a língua cotidiana de cada locutor e a sua expressão oral;
Ø A norma culta é flexível e incompleta, está sempre em construção, como qualquer dialeto;
Ø Os alunos precisam ser desenvolvidos nas competências discursivas para que saibam ouvir e que precisam aprender a se expressar.

2. Professores que consideram que o aluno já domina a língua com eficiência, dando pouca ou nenhuma importância ao ensino da língua padrão:
Ø Desta forma não se cumpre um dos grandes objetivos do ensino da Língua Portuguesa, que é ajudar o aluno a desenvolver a capacidade de compreender e produzir os mais diferentes textos, para as mais diversas situações de uso da língua.

Perguntas ao grupo:
O grupo conhece professores que têm a visão de que só a língua na norma culta é a correta? Por que será que eles têm esta visão e o que podemos fazer para que saibam dos avanços das ciências lingüísticas?
E professores que desconsideram a língua culta, que não dão importância à língua padrão, o grupo conhece? E estes estão certos ou têm posição problemática? Como orientá-los?
O que é o certo em relação ao ensino da norma culta?

Questões referentes ao texto de referência:

O íntimo é apresentado como o nível que expressa afeição e emoção. Você acha que esses elementos não podem aparecer na linguagem escrita?
Ø É evidentemente que a emoção pode aparecer em textos escritos.

A dimensão sintonia lhe parece suficientemente clara e necessária?
Ø O nível classificado de sintonia tem uma divisão em quatro tipos (status, tecnicidade, cortesia e norma), muito parecidos entre si e com outros registros. Todos levam em conta basicamente o interlocutor, e fica difícil separar, por exemplo, o status da cortesia e da norma.


Seção 2: O texto literário – 67 (Patrícia – Adriana – Nadir)
Objetivo da seção: Caracterizar a linguagem literária.

Poema “Caso do Vestido” – Carlos Drummond de Andrade
Poema feito em dísticos: estrofes de apenas dois versos;
Em geral, versos com 7 sílabas: redondilha maior;
Mistura elementos de muitos gêneros;
Muitas misturas lingüísticas;
Simetria: A simetria é a relação que existe entre duas partes iguais (imagens, números…) situadas em lados opostos de um ponto (varia de acordo com o “assunto”) Exemplo no texto: “ O mundo é grande e pequeno”
Linguagem do texto: Poética
O texto literário pode até usar a língua padrão, mas não é uma regra, pois não tem o compromisso com a correção da norma culta;
O texto literário caracteriza-se pela possibilidade de usar qualquer dialeto e qualquer registro, em função das intenções do autor;
Clichê é a mesma coisa que chavão: “frase feita”;
A linguagem literária pode usar muitos clichês que não parecerá falta de assunto ou conhecimento do assunto;
Conotação: Característica fundamental do texto literário, expressa na linguagem figurada, pela qual se desenvolve um conjunto de sentidos que fogem a uma única significação de cada termo. “Exemplo no texto: “O casamento dos pequenos burgueses”/ “ Sair dos trilhos”
Texto literário: liberdade completa no uso das variantes da língua pode empregar a norma culta ou o dialeto popular, registros formal ou informal.

Perguntas ao grupo:
Em que gênero, dialeto e registro usamos o texto literário?
O texto literário é um texto considerado de uma linguagem formal com norma culta?
A arte pode tudo. Na obra de arte, o limite é dado pela obra de arte, e apenas por ela.

Questões referentes ao texto de referência:

O próprio autor Travaglia parece desconsiderar a classificação apresentada.

a- Em que trecho você percebe isso?
Ø Quando opta pela divisão dos registros em formal e informal, ele deixa claro que é difícil a separação.

b- Uma forma verbal e certos verbos e expressões usados por Travaglia sugerem a relatividade e a imprecisão da classificação. Quais são eles?
Ø Essa dificuldade de claras distinções vai fazer o autor usar com freqüência o futuro do pretérito (Seriam exemplos desse nível...), o verbo “poder” e expressões com frequentemente, quase sempre, etc., que relativizam a afirmação.


Seção 3: Modalidades da língua 77 (Maristela – Alexandra – Ana Maria – Edilnéia)
Objetivo da seção: Caracterizar a língua oral e a língua escrita

O texto se apresenta ao interlocutor nas formas oral ou escrita;
Somos rodeados por textos, até nos sonhos;
A oralidade e a escrita são as das modalidades da língua;
A modalidade oral é a nossa língua natural;
A escrita é a modalidade artificial da língua (não nascemos sabendo escrever);
As duas modalidades se apresentam tanto no registro formal quanto no informal;
Ouvir e falar, ler e escrever devem ser atividades constantes na sala de aula;
Linguagem oral é essencialmente viva, rica de possibilidades de intervenção entre os interlocutores – envolve também a maior diversidade de uso de registros;
Linguagem oral não é campo exclusivo do registro informal;
Algumas das Funções da escola: ampliar competência da criança no seu uso da língua, nas mais diversas situações de interação/ , proporcionar aos alunos a oportunidade de falar, nos contextos mais variados/ preocupar-se não só com situações de fala, mas com as de escuta;
A boa escuta envolve mais do que o respeito ao locutor: envolve a capacidade de compreender, avaliar e responder adequadamente ao que ouvimos;
Na escrita não há proximidade entre os interlocutores /o leitor tem tempo para ler: pode reler, voltar atrás, quantas vezes queira ou precise;
Forma escrita não é igual à literária – usamos a modalidade escrita com muita freqüência, com objetivos completamente diferentes dos literários;
Literatura não existe apenas na forma escrita, ela aparece também na forma oral;
A escrita não se realiza apenas no registro formal;
Nas atividades de linguagem, é fundamental oferecer aos alunos exemplos de bons textos, orais e escritos.

Questões referentes ao texto de referência:

Faça uma conclusão pessoal sobre o estudo do texto, enfatizando o que você reconhece nele de importante para a sua prática em sala de aula.
Ø A conclusão é muito pessoal;
Ø Não deve passar despercebida a importância do assunto e a necessidade de ser trabalhado na escola, a partir de textos que indiquem o contexto do enunciado;
Ø Observar atentamente e com sensibilidade cada texto, e descobrir suas opções de construção.

Ilustrando a Unidade: Slides “A carta do Alfredão”

8º Avançando na Prática: Resposta à carta do Alfredão (utilizando conforme sorteio: norma culta e coloquial- com jargão – clichê - gírias/ linguagem literária e não literária/ linguagem oral e escrita/ linguagem formal ou informal)
Objetivo do avançando na prática: Oferecer exemplos diversos de textos orais e escritos produzidos com objetivos e em situações diferentes, literários e não literários, em registros e modalidades distintos, de modo a não estabelecer relações indevidas entre escrita, norma-culta e registro formal e literatura ou fala ou informalidade.

Unidade 3: O texto como centro das experiências no ensino da língua – 97
OBJETIVOS:
1. CONCEITUAR TEXTO
2. INDICAR AS RAZÕES DO ESTUDO PRIORITÁRIO DE TEXTOS NO ENSINO/APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS
3. RECONHECER OS DIFERENTES PACTOS DE LEITURA DOS TEXTOS

Seção 1: Afinal, o que é texto? – 98 (Jaqueline – Elizabete – Viviane –Vera – Neide- Roselene)
Objetivo da seção: Conceituar texto

A linguagem é entendida como interação;
Interação: uma ação entre sujeitos – o locutor e seu interlocutor (co-enunciador alocutário e mesmo receptor);
É nesse processo de interlocução que a língua vai se construindo;
Essa construção se dá tanto na experiência oral quanto na escrita;
TEXTO: é toda e qualquer unidade de informação, no contexto de enunciação, independendo da extensão;
O texto pode ser oral ou escrito, literário ou não literário;
Texto verbal – criado com palavras e pode apresentar-se na linguagem oral ou na linguagem escrita;
Texto não-verbal – criada por outras linguagens que prescindem da palavra;
Leitura é o processo de atribuição de significado a qualquer texto em qualquer linguagem;
Cenas de conjunto: cenas que apresentam muitos elementos envolvidos numa mesma situação para criar a emoção quanto do ambiente.

Pergunta ao grupo:
Afinal, o que é texto?

Seção 2: Por que trabalhar com textos – 106 (Zita – Lucimara – Rosete – Suely – Marlise)
Objetivo da seção: Indicar as razões do estudo prioritário de textos no ensino/aprendizagem de línguas.

O texto deve ser a base de todas as atividades de linguagem;
A capacidade do uso da linguagem deve desenvolver-se nas suas quatro “faces” – ouvir/falar/ler/escrever (não são a mesma coisa, são ligadas);
Nas análises linguísticas, o texto deve ser acionado;
Toda a classificação deve ser feita num contexto, que é dado pelo texto em questão;
Contexto: conjunto de situações externas da interação;
Cotexto: a situação linguística definida internamente no texto verbal;
O texto deve ser bastante diversificado;
Para desenvolver a competência no uso da língua = contatar com os mais diferentes textos em circulação no ambiente e na sociedade, tanto na modalidade oral quanto na escrita;
A interpretação do texto deve ir além de suas marcas mais gerais, ir mais fundo na busca de seus significados menos evidentes;
Aguçar o olhar dos alunos para uma leitura cada vez mais sensível e crítica;
A exploração de textos não verbais e os que misturam mais de uma linguagem (propaganda, composição musical, filme) deve ser uma prática constante no ensino-aprendizagem.
O texto nos faz pensar, divertir e enriquece nossas experiências e nos coloca no centro da vida.

Perguntas ao grupo:
Por que não devemos tomar como unidades básicas do processo de ensino os elementos linguísticos que são níveis segmentados da formação do texto?
Como ajudar nossos alunos a desenvolver sua competência no uso da língua?
Qual a forma de explorar o texto em sala de aula?
Por que trabalhar com textos?

Seção 3: Os pactos de leitura – 114 (Cleudenei – Eliane _ Ulgo _ Simone _Fátima)
Objetivo da seção: Reconhecer os diferentes pactos de leitura dos textos.

Pacto de leitura: é um o acordo, um contrato implícito entre o locutor e o interlocutor de um texto, por meio do qual cada um cria uma expectativa com relação ao que vai ser lido; (a revista é escrita para etária que lê - perfil);
Locutor tem intenções com relação ao interlocutor;
Consideram-se dois pontos importantes: objetivos de leitura e seus conhecimentos prévios (experiências de linguagem e de vida);
Objetivos de leitura: objetivos diferentes definem escolhas diferentes de textos e estratégias de leitura; (vender uma ideia ou um produto).
Conhecimentos prévios: criam certas expectativas diante de cada enunciado não são apenas “informações”, no sentido de dados acumulados sobre determinado assunto, nem são obrigatoriamente corretos. Ex: cortar a cabeça do peixe para assá-lo;

Perguntas ao grupo:
Vocês conhecem algum tipo de pacto? Ele(s) tem (têm) a ver com o pacto de leitura?
O grupo reconhece os diferentes pactos de leitura dos textos? Quais?


Ampliando nossas referências – 123 – Unidades 3 e 4


II. AMPLIANDO NOSSAS REFERÊNCIAS: HISTÓRIA DE UM CONCEITO
Etimologia da palavra ler - do latim legere.
Três Instâncias do significado da palavra ler: 1ª significa contar, enumerar letras (é o primeiro ato da leitura, correspondente à alfabetização)/ 2ª colher(implica ideia de algo pronto -o leitor descobre o sentido que o autor quis dar ao texto – leitor sem poder) / 3ªroubar(o leitor com mais poder – vai construindo as suas próprias trilhas no texto);
A questão da leitura passa por: uma teoria do conhecimento (relação de poder autor e leitor)/ uma psicologia – psicanálise(motivação e o desejo)/ uma sociologia(marcas sociais)/ uma pedagogia(processo ensino-aprendizagem)/ uma teoria de comunicação(formação de sentidos)/ uma análise do discurso(/uma teoria literária(experiência estética)

Perguntas ao grupo:
1. Como o grupo pode observar no texto, a leitura ultrapassa o campo da pedagogia. Que contribuições o grupo encontrou nas outras abordagens para a prática pedagógica?
Ø Entender melhor o aluno como locutor e como interlocutor, suas condições e características, por exemplo(aí, já estão indicadas a sociologia e a psicologia - psicanálise, mostrando sua ligação com a leitura).

O que sugere ao grupo o envolvimento da leitura em tantas ciências?
Ø Evidencia a sua importância para o desenvolvimento humano, em qualquer perspectiva. Isso, sem dúvida, obriga a educação a ter olhos mais atentos ainda para o desenvolvimento das competências da leitura e da produção e textos.

Na opinião do grupo, o texto apresenta a percepção da leitura como interação. Justifique.
Ø O tempo todo, está clara a posição das autoras de que é no trabalho de construir significados para o que falamos e ouvimos, a partir de uma situação social, histórica e cultural dada, que se dá a leitura. Qualquer das abordagens, de algum modo, pode ser exemplo dessa forma de percepção das autoras.

4. Embora enfoque a leitura, o texto refere-se constantemente ao autor. Por que
isso ocorre, na opinião do grupo?
Ø A leitura como qualquer ato de interação, nos obriga a considerar os interlocutores. Assim pensando, sobretudo (mas não só) na leitura verbal, autor e leitor aparecem com sua importância, envolvidos na construção de significados. Escrever e ler são ações diferentes, mas complementares. A novidade dos estudos mais modernos é que antes o autor reinava sozinho nessa construção, e agora divide o trono com o leitor.

- Ilustrando a Unidade: Slides “O Gatinho Feio”

10º - Avançando na Prática: Contextualizando e ilustrando os contos
Objetivo: Criar condições para ampliação de conhecimentos e horizontes bem como opções numerosas e significativas de leituras e significação, trabalhando texto verbal, não verbal e pactos de leitura através dos contos de fada.
1. Chapeuzinho Vermelho – objetivo de leitura – Violência Sexual
2. Patino Feio – objetivo de leitura -Discriminação Racial
3. A Cigarra e a Formiga – objetivo de leitura - Valorização das Diferentes Profissões
4. Cinderela – objetivo de leitura - Desestrutura Familiar
5. Branca de Neve e os sete anos – objetivo de leitura - Maternidade
6. Rapunzel – objetivo de leitura -Liberdade de Expressão


Unidade 4: A intertextualidade – 133
OBJETIVOS:
1. IDENTIFICAR OS TRAÇOS DA INTERTEXTUALIDADE EM NOSSA INTERAÇÃO COTIDIANA
2. IDENTIFICAR OS VÁRIOS TIPOS DE INTERTEXTUALIDADE
3. IDENTIFICAR OS PONTOS DE VISTA NAS DIVERSAS INTERAÇÕES HUMANAS

Seção 1: O diálogo entre textos: a intertextualidade – 134 ( Sandra – Jucélia – Simôney)
Objetivo da seção: Identificar os traços da intertextualidade em nossa interação cotidiana.

Atuamos sobre os outros e somos influenciados pela atuação dos outros;
Nossas produções acabam apresentando traços mais ou menos perceptíveis de muitas experiências humanas;
De maneira mais ou menos clara, em extensão maior ou menor, nossos textos retomam outros textos;
Em todos esses casos, estamos praticando a intertextualidade, que pode ser conceituada como a presença de outras vozes em um texto produzido;
A cultura é essencialmente intertextual.
As versões, adaptações e traduções de qualquer material são formas de intertextualidade;
Quando você retoma uma estratégia ou um método “criado” por alguém, você está usando intertextualidade;
Intertextualidade é o que ocorre toda vez que um texto tem relações claras com outro, ou outros.

Pergunta ao grupo:
1. Quais os traços da intertextualidade em nossa interação cotidiana?

Seção 2: As várias formas da intertextualidade – 139 (Cleudenei – Eliane _ Ulgo _ Simone _Fátima)
Objetivo da seção: Identificar os vários tipos de intertextualidade

Paráfrase: trata-se da retomada de um texto sem mudar o fio condutor, a sua lógica. Exemplos: resumos, traduções e adaptações tendem a ser paráfrase. É o tipo de intertextualidade em que são conservados a ideia e o fio condutor do original. Exemplo: Resumo do “conto Patinho Feio”/ Contar uma piada que acabou de ouvir/ Traduzir um texto;
Paródia: o texto original perde sua ideia básica, seu fio condutor. A paródia é frequentemente crítica e questionadora. Exemplo: “O Patinho Realmente Feio” – Jon Scieszka (página 141 da TP1);
A paráfrase e a paródia são processos intertextuais que abarcam o texto todo;
Pastiche: mas que dialogar com um texto, tenta apropriar-se do tom, da atmosfera, do clima, dos recursos de determinado gênero. Exemplo: O Gordo e o Magro/ Os Três Patetas/ Os Trapalhões (humor-pastelão);
A citação, a epígrafe, a referência e a alusão são processos intertextuais pontuais, que retomam um ou alguns elementos da obra;
Citações: ditados ou frases usados por alguém que você gosta de repetir. Exemplo: Depois de expressões como “Bem diz minha mãe que...”, ou “Como dizia meu avô...”, sempre surge uma citação, “A leitura do mundo precede a leitura das palavras” – Paulo Freire;
Epígrafe: tem as mesmas características da citação, mas tem localização fixa: aparece sempre como abertura do segundo texto. Exemplo: “A leitura do mundo precede a leitura das palavras” – Paulo Freire;
Referência: como o nome diz, é a lembrança e passagem ou personagem de outro texto. Exemplo: Senti-me a “própria rainha da Inglaterra”;
Referência Bibliográfica: estamos dizendo que lemos muito e que não estamos sozinhos na exposição de nossas idéias. Quando alguém é referência em alguma coisa, seu pensamento orienta a posição de outras pessoas;
Alusão: não indica a fonte, é um dado mais vago, e o conhecimento do interlocutor é fundamental para percebê-la ou não. Exemplo: Monicalisa

Pergunta ao grupo:
Então, quais os tipos de intertextualidade que o grupo identificou?
Exemplifique, caso não tenham exemplificado na apresentação, os tipos de intertextualidade.
Como é possível ampliar as experiências e as leituras de nossos alunos na nossa prática pedagógica? (diversificação de atividades e de textos )


Seção 3: O ponto de vista – 145 ( Silvana – Luciane – Clarice – Rita)
Objetivo da seção: Identificar os pontos de vista nas interações humanas.

O texto ocorre em determinada situação histórico-social e cultural;
Está sempre exposto a transformações;
O que ocorre com a sociedade, ocorre também com o indivíduo;
Ponto de vista: lugar ou ângulo de onde cada interlocutor participa do processo de interação;
Diálogo entre o sujeito e a sociedade com os textos de outra época e outro lugar apresenta a maneira particular de olhar que têm tal sujeito e tal sociedade = ponto de vista;
O ponto de vista tem dois sentidos: um concreto e um abstrato;
Concreto: indica o lugar real, físico, de onde você vê alguma coisa, que também ocupa um lugar;
Abstrato: a visão que você tem de qualquer pessoa ou acontecimento;
Os ângulos criam possibilidades de visão, mas também impedem outras;
Se a mesma coisa tem muitos lados, determinar não podemos simplesmente determinar que o lado que nós vemos é o melhor, muito menos o único;
Ponto de vista na narrativa ficcional é também chamado foco narrativo;
A intertextualidade sempre esteve presente em todas as interações humanas.
Plágio: quando não há agregação de nenhum ângulo novo, nenhuma diferença (ainda que seja a síntese);
A originalidade deve-se muito ao ponto de vista.

Pergunta ao grupo:
1.Quais os pontos de vista que o grupo identificou nas interações humanas?


11º - Ilustrando a Unidade: Slides “O carteiro chegou” / Tiras de Maurício de Sousa/ Exemplificação

12º - Tarefa de Casa:
1. Participar de Fórum 3 - Qual a relação entre escrita/oralidade/leitura/cultura na construção do saber linguístico?

Um comentário:

  1. Oi Rita, o Gestar é um sucesso!

    Abraço a todos os formadores e cursistas de Caçador.

    Formadora Márcia

    http://marciagandolficristo.blogspot.com/

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Formadora Rita - Caçador

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